
Ao criticar o modelo econômico do Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que “não há justiça social com irresponsabilidade fiscal”. A declaração foi feita na manhã deste sábado (7/6), em discurso na 4ª edição do Fórum Esfera, evento promovido pela Esfera Brasil, no Guarujá, em São Paulo.
Na avaliação do deputado, o modelo atual é de um estado que "gasta muito, entrega pouco e cobra cada vez mais de quem produz". "A máquina pública engorda enquanto o cidadão emagrece", comparou o presidente da Câmara.
Ele argumentou que o atual modelo fiscal brasileiro transfere as angústias para o futuro. Motta ainda enfatizou que o país não pode continuar a "empurrar a conta adiante, esperando que ela se resolva por mágica ou discurso".
Reforma istrativa
Diante deste cenário, Hugo Motta anunciou a instalação de grupo de trabalho na Câmara para discutir o tema da reforma istrativa.
“Tivemos a oportunidade de nomear o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) como coordenador desta reforma, irá liderar esse grupo de trabalho e dentro dos próximos 40 dias nós vamos ter uma proposta para apresentar não só a Câmara, mas a sociedade brasileira”, anunciou Motta.
Segundo o presidente da Câmara, a reforma istrativa trará “inovações tecnológicas” no estado, além de instituir a “meritocracia no serviço público”.
Outro ponto levantado pelo presidente da Câmara foi a necessidade de discutir um corte nas isenções fiscais. Ele classificou essas isenções como um número "não mais possível de ar pelas contas do país". Essa pauta, segundo Hugo Motta, será levada para uma reunião com a equipe econômica do governo nos próximos dias.
Fórum
A 4ª edição do Fórum Esfera reúne autoridades na manhã deste sábado (07/06) para discutir os desafios para impulsionar o crescimento econômico e a reforma do estado.
Além de Hugo Motta, o evento contará com a participação de diversas figuras importantes como Luis Felipe Salomão, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central.