AVIAÇÃO

Brasileiros sofrem descaso da American Airlines com voo cancelado de NY a SP

Sem hotel, comida ou informações claras, mais de 50 ageiros, incluindo crianças, aram a noite no aeroporto após embarque frustrado pela companhia americana

Sem hotel, comida ou informações claras, mais de 50 ageiros, incluindo crianças, aram a noite no aeroporto após embarque frustrado pela companhia americana -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Sem hotel, comida ou informações claras, mais de 50 ageiros, incluindo crianças, aram a noite no aeroporto após embarque frustrado pela companhia americana - (crédito: Material cedido ao Correio)

A madrugada de caos vivida por mais de 50 brasileiros no Aeroporto JFK, em Nova York, escancarou o descaso da American Airlines com seus ageiros. O voo com destino a São Paulo foi cancelado após o embarque, sem que a empresa oferecesse a assistência devida. Muitos aram a noite no chão do terminal, sem alimentação ou acomodação garantida uma violação clara do direito básico de quem enfrenta atrasos ou cancelamentos em voos internacionais.

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Entre os afetados, estava Luana Almeida, do Rio de Janeiro, que viajava sozinha com a filha Lara, de 1 ano e 8 meses. Ambas não receberam sequer um voucher para alimentação. “Não teve prioridade, não falaram nada, nem deram satisfação sobre hotel. Minha filha caiu do banco dormindo, sem condições nenhuma”, relatou. O episódio expôs o despreparo da empresa diante de uma situação que exigia atenção imediata, sobretudo com crianças pequenas envolvidas.

Para Danielle Segnin, a revolta é ainda maior. Viajando com a filha de 6 anos, ela precisou improvisar um espaço para dormir no chão do aeroporto. “Voo atrasar e cancelar acontece, mas eles não fizeram nada para providenciar hotel, nem dar assistência nenhuma. Quem não tem condições de pagar algo? O hotel mais barato que pesquisamos dava mil reais”, contou.

A jornalista Cristiane Vasconcelos relatou que o embarque chegou a acontecer normalmente. “Ficamos cerca de 30 minutos dentro do avião com a promessa de que faltava apenas um tripulante. Depois, pediram para desembarcar, sem qualquer explicação.” Em seguida, os ageiros ficaram trancados do lado de fora do finger, aguardando informações que nunca vinham. “Foi mais meia hora até alguém dizer que a tripulação não tinha chegado. Ninguém sabia se era o piloto ou não, porque não deram nenhuma informação oficial.”

Apesar de o voo ter sido remarcado, segundo a companhia, para as 14h deste sábado (7), até o início da tarde os painéis do aeroporto não exibiam nenhuma atualização concreta. ageiros afirmam que ainda não receberam confirmação oficial sobre o novo embarque e seguem inseguros quanto à partida. Muitos permanecem no terminal sem assistência ou orientações da American Airlines.

A frustração se intensificou quando a companhia prometeu vouchers de hotel e alimentação, mas não cumpriu. “Falaram que iam entregar tudo em outro portão. A gente foi até lá, se formou uma fila imensa e ninguém recebeu nada. As poucas pessoas que conseguiram, correram por outros guichês da companhia”, contou Cristiane. Ela estima que menos de dez ageiros tenham conseguido algum tipo de assistência.

O episódio gerou indignação entre os brasileiros que, sem alternativas, recorreram às redes sociais para denunciar a situação. A falta de preparo logístico e sensibilidade da American Airlines levanta um alerta sobre o tratamento dado aos ageiros estrangeiros, especialmente em situações delicadas como essa.

O Correio procurou a empresa, mas até o fechamento deste texto, não houve resposta.

 

 

postado em 07/06/2025 14:16
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