
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, receberam a certificação de que o Brasil está livre de casos de febre aftosa em gados sem vacinação. O certificado foi entregue pela diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Emmanuelle Soubeyran, em cerimônia realizada nesta sexta-feira (6/6), em Paris.
O reconhecimento de país livre da febre aftosa, na avaliação do governo, solidifica a posição do Brasil como um dos principais e mais seguros fornecedores de alimentos do mundo. “Hoje é o reconhecimento de um país que tem na agropecuária uma de suas principais vertentes econômicas”, afirmou Lula, após receber o certificado. Já Fávaro comentou que o certificado abre "grandes oportunidades comerciais" para a exportação da carne brasileira.
Febre aftosa
A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. A certificação da OMSA comprova que a doença não circula no território brasileiro, mesmo sem a vacinação.
Novos mercados
Durante a cerimônia da conquista do certificado de país livre da febre aftosa, o presidente Lula reforçou que almeja fechar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia até dezembro deste ano. O prazo estipulado pelo petista tem a ver com o período em que o Brasil estará na presidência do Mercosul (julho de 2025 a dezembro de 2025). "Eu vou concluir o acordo definitivamente nos seis meses do meu mandato”, afirmou.
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O líder brasileiro também relembrou que vem tratando sobre o acordo com o presidente da França, Emmanuel Macron. Na quinta (5), Lula chegou a dizer para que o francês "abra o coração" para apoiar o acordo entre os dois blocos. Macron, no entanto, ponderou que um possível tratado de livre comércio entre Mercosul e UE poderia prejudicar produtores rurais ses pelo fato de, segundo ele, a regulação para o agro francês ser mais consistente do que as leis em países da América do Sul.
“Eu disse para ele [Macron] que, se tem problema com os agricultores ses, vamos conversar com eles. Eu sempre defendi que essa relação comercial é uma via de duas mãos: a gente vende, a gente compra”, insistiu Lula
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