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Brasil e Nepal 652j4f juntos pela justiça climática
Opinião

Brasil e Nepal: juntos pela justiça climática 5m1j4g

Tanto Nepal quanto Brasil tem desempenhado papéis cruciais na ação climática global. Os países enfrentam desafios climáticos semelhantes, o que torna sua colaboração nessa agenda global oportuna e essencial s1x6s

Nirmal Raj Kafle — Embaixador do Nepal no Brasil

A COP30 será realizada pelo Brasil em novembro deste ano. Esse fórum se propõe a destacar o impacto alarmante do aquecimento global, ao mesmo tempo em que exige um nível elevado de compromisso e cooperação. O Nepal e o Brasil enfrentam desafios climáticos semelhantes, o que torna sua colaboração nessa agenda global oportuna e essencial.

Tanto o Nepal quanto o Brasil têm desempenhado papéis cruciais na ação climática global. Suas contribuições são evidentes na participação ativa nas negociações internacionais sobre o clima e nos compromissos de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e conter o desmatamento. O Nepal participa ativamente de fóruns climáticos internacionais. Metas como emissões líquidas zero de GEE até 2045 elevam o Nepal ao patamar dos poucos países com metas climáticas ambiciosas. Os vastos recursos naturais do Brasil contribuem para a absorção de carbono e protegem a biodiversidade. Os esforços do Brasil para combater o desmatamento e promover energia sustentável são vitais para a estabilidade climática global.

Ambos os países enfrentam efeitos desproporcionais da crise climática, como padrões climáticos erráticos, inundações e deslizamentos de terra. Em 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou enchentes e tempestades severas. Todos os anos, o Nepal é atingido por diversos desastres induzidos pelo clima. Essas consequências ocorrem apesar de seus níveis insignificantes de emissões de GEE em relação às mudanças climáticas globais.

Tanto o Nepal quanto o Brasil ajudaram a salvar o planeta como sumidouros de carbono — seja por meio da vasta Floresta Amazônica ou do Himalaia coberto de neve. Eles assumiram compromissos sérios para salvar o planeta. Os dois países trabalharam juntos em fóruns multilaterais em várias agendas de sustentabilidade. Com base na parceria de longa data, o Nepal está comprometido com uma participação robusta na COP30.

O Sul Global continua enfrentando lacunas de recursos e capacidade para honrar seus compromissos. A agenda do financiamento climático é, portanto, a principal agenda para o Sul Global. Para atingir as metas climáticas, revertendo uma trajetória de aquecimento de 2,4°C a 2,7°C até 2100, devemos garantir justiça climática, sem deixar ninguém para trás.

A COP30 é uma oportunidade para engajamento em discussões mais amplas para a realização da justiça climática, fortalecendo os recursos financeiros. Embora progressos consideráveis tenham sido feitos para estabelecer o tão esperado Fundo de Perdas e Danos na COP29, devemos garantir que os países vulneráveis se beneficiem adequadamente dele. A COP30 deve acionar a operacionalização eficiente do Fundo. Tanto o Brasil quanto o Nepal tem defendido fortemente medidas de transferência de tecnologia e capacitação.

Nesse contexto, o Nepal está organizando o Sagarmatha Sambaad (Diálogo do Monte Everest) com o tema Mudanças Climáticas, Montanhas e o Futuro da Humanidade, em maio de 2025. O fórum discutirá a crise climática como um dos desafios mais urgentes da humanidade. A agenda das montanhas receberá atenção especial nas discussões, já que são particularmente vulneráveis às mudanças climáticas.

A maioria dos países do Sul Global estabeleceu metas climáticas ambiciosas. No entanto, as restrições de recursos continuam a ser um desafio constante para grupos particularmente vulneráveis, como os países menos desenvolvidos (PMDs) e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEIDs). Na COP30, espera-se que os Estados Participantes apresentem Contribuições Nacionalmente Determinadas (CNDs) ainda mais ambiciosas, alinhadas com o caminho de 1,5°C. O montante de US$ 300 bilhões por ano até 2035 em financiamento climático, conforme acordado na COP29, é insuficiente para atendê-los.

Durante a Cúpula do Futuro, na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2024, líderes mundiais defenderam a justiça climática. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou a necessidade de uma avaliação ética global, pedindo uma reflexão sobre a ação climática sob a perspectiva da justiça, equidade e solidariedade. Da mesma forma, o primeiro-ministro do Nepal declarou que há frustração pela injustiça climática diante de compromissos de financiamento climático não cumpridos. O financiamento climático deve permanecer como uma prioridade na agenda, considerando a crescente disparidade entre o tamanho dos problemas e os recursos disponíveis, no espírito da tão almejada justiça climática.

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