
Uma tecnologia criada pela Universidade de Brasília (UnB) promete transformar a gestão de energia em universidades federais e outras instituições públicas. A plataforma Mepa (Monitoramento de Energia em Plataforma Aberta) utiliza Inteligência Artificial (IA) para analisar contas de luz e sugerir contratos mais vantajosos, com base nas normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em fase piloto, o sistema já apontou um potencial de economia de mais de R$ 3 milhões ao ano em 20 universidades brasileiras.
Financiado pelo Ministério da Educação (MEC), o projeto foi reconhecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como exemplo de boa prática de gestão. A economia pode chegar a até 52,8% em alguns casos, liberando recursos que podem ser investidos em ensino, pesquisa e infraestrutura. “Com ajustes simples nos contratos, é possível liberar verbas importantes para as universidades. É um ganho duplo: econômico e estratégico”, afirma Loana Velasco, coordenadora da pesquisa.
Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a adoção do Mepa padronizou a gestão de contratos de energia, que antes era feita de forma pontual e com metodologias distintas. A análise agora é sistemática, com base em dados consolidados e geração de alertas automáticos. “A plataforma aumentou a transparência e deu mais segurança às decisões, com recomendações técnicas baseadas em históricos atualizados”, destaca Edna Hercules Augusto, pró-reitora de istração da instituição.
Como funciona
O funcionamento da ferramenta é simples: as instituições inserem suas faturas de energia dos últimos meses na plataforma, que cruza essas informações com dados do mercado regulado e recomenda os melhores contratos. “Quanto maior o histórico, mais precisa é a recomendação”, explica Velasco. Casos práticos já demonstram a eficácia: no Sudeste, uma universidade pode economizar mais de R$ 1 milhão ao ano; no Norte, reduções proporcionais chegaram a 52,8%.
Desenvolvido pelo Lab Livre da UnB, o Mepa está disponível gratuitamente para todas as instituições federais de ensino superior interessadas. A equipe responsável reúne especialistas em engenharia elétrica, software e sistemas embarcados. “É uma ferramenta estratégica, com impacto direto na boa gestão dos recursos públicos”, resume o professor Renato Coral, responsável técnico pelo sistema.
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*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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