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Flavio Amary defende corte de gastos e juros mais baixos para impulsionar setor imobiliário

Presidente da Fiabci afirmou que equilíbrio fiscal depende de redução de despesas e criticou taxação sobre instrumentos de financiamento

Flávio Amary - presidente do FIABCI - Federação internacional imobiliária -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Flávio Amary - presidente do FIABCI - Federação internacional imobiliária - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O presidente da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci) e head do LIDE Real Estate, Flávio Amary, afirmou que o Brasil precisa focar na redução de gastos públicos como caminho para o equilíbrio fiscal e, consequentemente, para a queda da taxa de juros. A declaração foi dada durante sua participação no segundo – O Mercado Imobiliário como Fator de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, no Summit Brasília, realizado no Brasília Palace Hotel. Segundo Amary, é essa deve ser a agenda e não o aumento da carga tributária, que pode garantir a retomada dos investimentos no setor da construção civil e ampliar o o à casa própria.

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Ele elogiou a postura do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vem declarando a importância de cortes de despesas. “Vejo com alegria o momento que estamos vivendo no Brasil. Nos últimos dias e semanas, vimos o presidente da Câmara falar em corte de despesas e colocar um deputado para liderar a reforma istrativa. É isso que precisamos hoje no nosso país”, afirmou.

Para ele, cortar gastos é o único caminho viável para a redução dos juros e o aumento da oferta de crédito no mercado imobiliário. “Não é aumentando imposto que se atinge equilíbrio fiscal”, acrescentou.

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Amary criticou a tributação sobre as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e outros instrumentos de funding do setor. Segundo ele, ao onerar essas operações, o custo médio de captação se eleva, impactando diretamente o valor dos financiamentos imobiliários. “Não é só o empresário que sente. É a população que paga mais caro para financiar o imóvel”, explicou. Ele também destacou que os recursos da caderneta de poupança e do FGTS já chegaram ao limite, tornando fundamental a ampliação de alternativas para o crédito.

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O presidente da Fiabci ainda apontou como obstáculo os longos ciclos de licenciamento para novos empreendimentos, o que, segundo ele, encarece a produção e reduz empregos e arrecadação. Ele citou experiências positivas durante sua gestão como secretário estadual de Habitação de São Paulo, no governo João Doria, e mencionou avanços no Distrito Federal, sob gestão do governador Ibaneis Rocha. “Precisamos buscar a diminuição da burocracia, acelerar o licenciamento. Só assim atrairemos mais investimento e legalidade para o setor”, concluiu.

postado em 11/06/2025 12:19
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