
Um homem de 21 anos foi preso nesta quinta-feira (5/6), em Fortaleza, após ter, ameçado, registrado, armazenado e divulgado vídeos íntimos de duas vítimas do Distrito Federal. As meninas, uma maior e uma menor de idade, são irmãs e os conteúdos teriam, ainda, registros de uma prima da adolescente e de uma amiga, que mora em São Paulo.
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De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o indivíduo teria inciado um relacionamento com a irmã mais nova, uma adolescente de 16 anos, que conheceu por meio do Tiktok. Foram reunidas provas de que, durante o namoro, o homem solicitou à menina que fizesse vídeos de nudez e conteúdo pornográfico. Quando ela desejou não manter o envolvimento com o autor, ele ou a obrigar que ela continuasse registrando sua itimidade e que registrasse, também, vídeos íntimos de sua irmã e de uma prima tomando banho.
Segundo as investigações, ele ou a controlar a vida da adolescente de maneira de abusiva. Ele a obrigava a se manter em chamadas de voz e vídeo por quase 24h interruptas e a coagia a assistir cenas de sexo ou pornografia de outras menores, que também eram vítimas dele e tinham seus conteúdos íntimos divulgados.
Após a vítima cortar o contato com o criminoso, ele divulgou as cenas de nudez e pornografia da vítima e de sua irmã para amigos, parentes e pessoas do convívio delas, parando apenas após forçar a menor a pedir perdão pelo fim do relacionamento. De acordo com a PCDF, ainda durante o namoro dos dois, o autor ainda induziu a vítima a obter registros íntimos de uma amiga, residente em São Paulo. Essa vítima, segundo a menor, teria tentado suicídio após ter os seu conteúdo divulgado pelo homem para amigos, parentes e pessoas do convívio de seu convívio.
Prisão
Diante da investigação, a PCDF prendeu em flagrante o autor dos crimes por estar armazenando conteúdo pornográfico de adolescentes em seus dispositivos informáticos. A operação, chamada de "Uncover", cumpriu mandados de busca e apreensão, além da prisão preventiva, em Fortaleza (CE), onde o indivíduo estava.
O homem foi indiciado pelos crimes de registro, divulgação e armazenamento de cenas de nudez e conteúdo pornográfico de adolescentes e mulheres adultas; constrangimento ilegal; ameaça; perseguição; violência psicológica contra a mulher e corrupção de menores; praticados à distância; por meios digitais. Somados os crimes, ele poderá receber uma pena total de até 36 anos de prisão.
O Delegado Horácio Duarte, que comandou a operação junto à equipe da Seção de Atendimento à Mulher da 8a DP,defendeu que os pais controlem o o à internet das crianças e adolescentes. "Faz parte da criação e educação, sendo responsabilidade dos pais e responsáveis, o controle total sobre o uso da internet pelos filhos. Deixar os filhos 'soltos' na internet, navegando em aplicativos sem supervisão dos computadores, tablets e celulares, é o mesmo que deixar os filhos 'largados' o dia todo na rua. A Internet é um mundo de ruas perigosas e, sem o cuidado e supervisão dos pais, os filhos podem tanto virar vítimas, quanto criminosos", afirmou.